Granadas de Mão e Espingarda

Constituição das granadas de mão


 

Na organização das granadas há a considerar os seguintes aspectos:

 

a. Artifício de fogo

Os artifícios de fogo encarados sob o ponto de vista do seu funcionamento, podem dividir-se em dois grandes grupos, que dão o seu nome à granada:

(1) De tempos: se o artifício de fogo da granada é posto a funcionar imediatamente antes do lançamento desta ou no próprio momento em que é lançada e vai funcionando durante o trajecto da mesma, dando-se a explosão desta passado um certo tempo, previamente determinado, correspondente à duração do trajecto.

(2) De percussão: se o artifício de fogo da granada é organizado de forma que só é posto a funcionar no momento em que esta embata contra qualquer corpo resistente provocando a imediata explosão da granada.

 São exemplos, a espoleta, o mecanismo de inflamação e o mecanismo de segurança.

 

b. Carga de rebentamento 

Destina-se a quebrar o corpo da granada, projectando os  fragmentos com maior ou menor violência.

 A carga da granada é o elemento fornecedor de energia para a actuação da mesma.

c. Corpo da granada  

Refere-se a toda a estrutura da granada. Pode ter várias formas: cilíndrica, esférica, ovóide, etc. 

Os materiais mais empregues são o ferro fundido, o aço e a gusa acerosa (mistura de gusa e aço). 

O corpo pode ser organizado de forma a facilitar a sua fragmentação em pedaços de tamanho determinado, possuindo linhas de rotura que tanto podem ser interiores como exteriores, caso mais geral, como ainda simultaneamente internas e externas. Os sulcos podem ser anulares ou quadriculares e de forma a darem um número variável de estilhaços conforme o seu número. As linhas de roturas internas são preferíveis nas granadas cujo lançamento normal seja feito por meio de lança granadas, a fim    de evitar fugas de gases; as externas convém às granadas de mão para facilitar a sua conservação na mão até ao momento do lançamento.


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